Estádios para a Copa do Mundo,Copa do Mundo 2014

 
O
 custo dos estádios para a Copa do Mundo já supera em mais de três vezes
 o valor informado pela CBF à Fifa quando o Brasil apresentou seu 
projeto para sediar o Mundial. Cópia do primeiro levantamento técnico da
 Fifa sobre o País, fechado em 30 de outubro de 2007 e obtido pelo 
jornal "OEstado de S. Paulo", informava que as arenas custariam US$ 1,1 
bilhão, cerca de R$ 2,6 bilhões. A última estimativa oficial, porém, dá 
conta de que o valor chegará a R$ 8,9 bilhões. 
O
 informe foi produzido e assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a 
primeira inspeção no País entre agosto e setembro de 2007. Na época, a 
Fifa considerou que o orçamento havia sido "bem preparado" e que "não 
havia dúvidas" sobre o compromisso do Brasil de atender às exigências da
 entidade. 
"A
 CBF atualmente estima que os investimentos relacionados com a 
construção e reformas de estádios estão em US$ 1,1 bilhão", escreveu a 
Fifa em seu informe. Curiosamente, a entidade esteve em apenas cinco das
 18 cidades que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das que 
acabariam escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, 
Natal, Curitiba, Cuiabá e Manaus. 
A
 Fifa, já na época, não disfarçava que o trabalho de reforma e 
construção dos estádios seria um desafio. "Os padrões e exigências da 
Fifa vão superar em muito qualquer outro evento realizado na história do
 Brasil em termos de magnitude e complexidade. Nenhum dos estádios no 
Brasil estaria em condições de receber um jogo da Copa nos atuais 
estados", alertou em 2007. "A Fifa deve prestar uma especial atenção nos
 projetos." 
O
 time de inspeção ainda fez um alerta sobre o Maracanã. "Não atende às 
exigências. Um projeto de renovação mais amplo teria de ser avaliado." 
AEROPORTOS 
 - O relatório elaborado antes de o Brasil ganhar o direito de sediar a 
Copa é, hoje, verdadeira coleção de promessas quebradas e avaliações 
duvidosas. "A infraestrutura de transporte aéreo e urbano poderia 
atender de forma confortável as demandas da Copa", indicou. "O time de 
inspeção pode confirmar com confiança que a infraestrutura de aeroportos
 poderia atender a um grande número de passageiros indo a jogos em 
viagens de ida e volta no mesmo dia." 
O
 transporte urbano também seria "suficiente" e a Fifa garantia, em 2007,
 que um "serviço de trem de alta velocidade vai ligar Rio e São Paulo". 
Considerava a infraestrutura hoteleira "suficiente" e, ao avaliar o 
sistema de saúde do País, fez elogios aos hospitais, apontados como 
"referência internacional". A referência, porém, não foram os hospitais 
públicos.
